quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Sinto

Nos meus versos mais antigos eu costumava reclamas da minha dormência.
Nas palavras mais sinceras fazia um único pedido : Sentir – calor, frio, amor, um arrepio, uma paixão avassaladora...
Minhas folhas fizeram-se aos montes com tais palavras
e eu as deixei empilhadas por um tempo.
Foi quando um furacão passou e as espalhou, misturando todas e,
de um certo modo, depois, tudo que eu pedi nas folhas aconteceu...
Eu SENTI - a paixão, o calor, o cheiro...Eu me senti quente,
foi a melhor coisa que poderia ter acontecido,
era tudo que eu pedia nas suplicas dos meus versos...
Só não medi as consequências de tais pedidos,
eu sabia o que havia de acontecer, mas me deixei levar.
Só pra poder sentir...
E hoje o que sinto é a dor da consequência...Mas SINTO

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